sexta-feira, 7 de abril de 2017

La La Land: cantando canções

Data de lançamento: 2017 (Brasil
Direção: Damien Chazelle
Roteiro: Damien Chazelle
Elenco: Emma Stone, Ryan Gosling, Tom Everett Scott, John Legend, Finn Wittrock, J.K. Simmons, Rosemarie DeWitt.
Gênero: Musical
Duração: 128 minutos
País: EUA
Idioma: Inglês
Distribuidor: Paris Filmes
Sinopse: O pianista Sebastian conhece a atriz iniciante Mia e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.
Link para o trailer legendado: La La Land: cantando canções

La La Land foi o primeiro filme que eu vi dos concorrentes ao Oscar de melhor filme em 2017. Eu demorei para escrever sobre ele por uma razão simples: eu detestei o filme! Detestei ao ponto de ter assistido em duas etapas porque não suportei aguentar tudo de uma tacada só. Sim, as críticas foram favoráveis, o filme ganhou vários prêmios e gente muito bem qualificada achou o filme excelente. Mas será que é essa maionese toda? Bom, não é. Mesmo o crítico mais entusiasmado enaltece muito mais o que o filme deveria ser do que realmente é. O filme tem alguns elementos interessantes, uma fotografia bonita, atores simpáticos, mas é só.

O diretor e roteirista Damien Chazelle fez um filme para homenagear um gênero que está esquecido e é considerado cafona por muita gente, sobretudo a nova geração que tem uma vaga ideia da importância e brilhantismo de musicais como Cantando na Chuva, Sinfonia em Paris, A Roda da Fortuna etc. Como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio e para quem ama os musicais clássicos com cenas memoráveis, La La Land pode parecer um insulto. O maior problema está nas músicas (péssimas e descartáveis) e na fragilidade dos protagonistas durante os números de dança. Em uma das cenas que aparece apenas a sombra dos protagonistas, torna-se evidente que os dançarinos que estamos vendo são dublês, tamanha é a diferença do desempenho em relação aos outros números de dança da dupla. Eu só conseguia pensar em como alguém faz um musical para homenagear um gênero que tem como referência nomes como Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers e escala uma dupla com tantas limitações para dançar??? Talvez tenha sido uma decisão pautada na genialidade do diretor que queria justamente mostrar que qualquer um pode dançar, basta querer e estar apaixonado. Vai saber...

Li sobre o brilhantismo da cena inicial (sim, é boa, principalmente porque os dois atores principais não estão lá dançando), a genialidade da sobrecarga de cores (achei cansativo) e a ambiguidade temporal (o cenário parece de uma época mais antiga, mas todos usam celular e o efeito alcançado com esse "truque" foi que fiquei confusa e não identifiquei a situação como algo brilhante ou inovador). A melhor parte do filme e que eu percebi como algo realmente interessante aparece já no final, quando vemos o que poderia ter sido o relacionamento dos dois protagonistas se a vida tivesse tomado outro rumo. Ali é possível se identificar e se projetar para dentro do filme. Mas é só isso e dura pouco.

Eu encontrei poucas críticas negativas ao filme, coloquei o link de uma delas que tem o sugestivo título de "La La Land”: os críticos devem estar loucos". O Pablo Villaça também faz algumas críticas interessantes ao filme no Cinema em Cena. Os links estão logo a seguir e cada um que tire as suas próprias conclusões!

Blog do Barcinski

Cinema em Cena

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